31 de ago. de 2009

Me apunhalei, fui apunhalada, como quiser.
Como as pessoas são tiradas de nós, tão rápido, tão miseravelmente.
Aquilo que sempre foi tudo, se reduz ao nada, ao desconhecido.
Quantas vezes já te tiraram coisas que você imaginava não perder?
Quantas vezes ouviu coisas que você não imaginava ouvir?
Quantas vezes perdeu, mesmo não querendo?
Não tenho muita coragem pra terminar esse texto.

25 de ago. de 2009

Sem Título

Não vejo mais calos a serem feitos, além do passado.
Fiz-me de besta por pensar que erros já cometidos não seriam repetidos.
Não enxergo o que é certo fazer. Pois o que considero certo agora, pode ser o errado mais tarde.
Achei que sabia. Hoje já não tenho tanta certeza.

Arrependi-me

É tão simples que não precisa de muita explicação.
Do que foi feito, arrependi-me.

22 de ago. de 2009

Obsessão

Entrou na minha alma muito rápido. Não faço ideia de como tirá-lo. Me consome cada dia mais, e eu gosto dessa sensação de ser possuída. Eu choro á toa, não me controlo, falo e ouço coisas sem sentido pro que verdadeiramente a gente sente. É amor com tom de obsessão. Poucos sentem. A pessoa vira única e exclusivamente tua, você esquece do passado dela, e se considera como único futuro. E futuro eterno.
O "eu amo você" quase não surte mais efeito. Não é mais completo. Não preenche. Por um único motivo: você sabe que é muito mais do que amor. É aquilo que chamam de tampa da panela, metade da laranja, alma gêmea. Muito mais que essas simples palavras que não preenchem o sentido de estar ao seu lado. Sempre foi muito mais que isso. A pessoa te abala em todos os sentidos da palavra, tanto pro bem quanto pro mal. Controla teus pensamentos, o pulso, até mesmo tua respiração. Desperta coisas que você nunca imaginou sentir por uma pessoa. Começa a fazer parte do teu dia-a-dia. Provoca abstinência. Se sentir completo é muito bom. E olhando nos teus olhos sinto isso ser melhor.



(Fernanda Garcia)

Dedico a pessoa que me faz feliz, me faz sentir que sou completa. Te amo muito.

19 de ago. de 2009

A hora da estrela

Desculpai-me mas vou continuar a falar de mim que sou meu desconhecido, e ao escrever me surpreendo um pouco pois descobri que tenho um destino. Quem já não se perguntou: sou um monstro ou isto é ser uma pessoa?
Quero afiançar que essa moça não se conhece senão através de ir vivendo á toa. Se tivesse a tolice de se perguntar "quem sou eu?" cairia estatelada e em cheio no chão. É que "quem sou eu?" provoca necessidade. E como satisfazer a necessidade? Quem se indaga é incompleto.
Pergunto-me se eu deveria caminhar á frente do tempo e esboçar logo um final. Acontece porém que eu mesmo ainda não sei bem como esse isto terminará. E também porque entendo que devo caminhar passo a passo de acordo com um prazo determinado por horas: até um bicho lida com o tempo. E esta é também a minha mais primeira condição: a de caminhar paulatinamente apesar da impaciência que tenho em relação a essa pessoa.
Nunca fui tão boa com palavras.
Misturar sentimentos com sílabas não é tão fácil..